Mc Marcinho canta seu funk romântico em festa na Platz

Mc Marcinho canta seu funk romântico em festa na Platz
Mc Marcinho, representante da vertente do funk light e romântico, volta à cidade para cantar sucessos como 'Glamourosa' e 'Rap do Solitário'


Na década de noventa, o funk “proibidão”, cheio de violência e sexo vulgarizado perdeu espaço para uma outra vertente do ritmo. Um funk mais leve, com letras românticas, na medida do possível, embalou as pistas de dança, de todas as classes sociais, em todo o país.
O principal representante desse movimento, o Mc Marcinho, fez sucesso com as músicas Rap do Solitário e Glamourosa. Hoje, quase dez anos depois, o músico vem a Brasília para apresentação única, na cervejaria Platz. Às 22h. Entrada a R$ 10 feminino e R$ 20 masculino.
“Na época que comecei muitos playboys compareciam no baile só para avacalhar, tacando lata de cerveja na cabeça das pessoas, querendo arrumar confusão”, lembra Marcinho, sem saudades da época em que ainda havia preconceito com relação ao funk. Hoje, segundo o funkeiro, o comportamento mudou, os eventos têm mais segurança e pessoas querendo apenas dançar e se divertir.
Tanto romantismo, nas letras de Marcinho, tem uma musa inspiradora. O Mc é casado com a também Mc Cacau. "Há mais de 10 anos falamos de amor”, diz Marcinho, em entrevista ao programa de funk Big Mix. “Tinha que ter um livro pra contar”, afirma o autor de sucessos que estouraram na época em que o romance entre os dois começou.
O casal lançou recentemente o disco Marcinho e Cacau Especial 2006. Na noite de hoje, além dos antigos hits, estão as canções que os Mc´s fizeram um para o outro. No ano passado, a foto de Marcinho foi estampada nos jornais não por seu talento, mas pelo fato do músico ter participado de um acidente de trânsito no qual duas pessoas morreram. O último CD foi iniciado pouco antes do acidente, com tiragem de mil cópias vendidas nos bailes. São 17 faixas, como as novas Chamas do Amor, balada romântica que cantam juntos em alguns shows, e Quero Amar.
Antes da colisão, o Mc fazia até quatro shows por noite. Agora a rotina ficou diferente, mas ainda é corrida. Geralmente, são dois shows por dia. "O que adianta fazer cinco shows por noite e morrer?”, indaga. O acidente na Via Dutra, aconteceu na ida para um show, na véspera de seu filho completar um mês. “Saí de casa planejando a felicidade e aconteceu a tragédia. Renasci e agradeço a Deus por ter me deixado ver de novo o filho”, disse Marcinho.